sexta-feira, 24 de outubro de 2008

Montanha-Russa emocional

Esta manhã acordei e fiquei uns minutos na cama, a observar-te, a preparares-te para ires embora. No teu ritual da manhã consigo observar as pequenas coisas que eu adoro em ti e as pequenas coisas que odeio em ti.
Observando-te lembro-me do como a nossa relação é uma montanha-russa, temos tantos altos e baixos, ás vezes num só dia, mas cá continuamos, començando e acabando o dia com juras de amor. Ontem á noite estava mesmo chateada contigo, mas hoje de manhã, ao observar-te, veio-me um sorriso á cara.
És a pessoa que mais me consegue chatear com coisas infimas, mas tambem és a pessoa que mais me faz rir com pequenas coisas.
Já lá vai um longo caminho desde que a nossa relação começou, não tanto pelo tempo, mas mais por as coisas que já passamos. E neste momento, por vezes, pergunto-me se estamos juntos porque nos amamos e acreditamos que há ainda algo para lutar ou porque nos habituamos a estar juntos e temos medo de estar sozinhos. Por vezes, a situação faz -me pensar, que já estamos num ponto de saturação, que já não há nada que se possa fazer à nossa relação, mas que como dá muito trabalho, náo nos separamos. Mas logo a seguir fazes-me mudar de ideias, mostrando-me que ainda me amas e que ainda estás disposto a mudar as pequenas coisas que prejudicam a nossa relação.
Eu sei que também ainda existe sentimento em mim, sei que ainda sou capaz de lutar mais um pouco, mas também sei que o teu sentimento é maior e que a tua vontade é maior. Existe uma co-dependência ente nós, sendo as nossas dependências de natureza diferente. Pergunto-me tantas vezes se isto é saudavel e productivo, será que isto vai dar a algum lado. Ponho todas estas questôes, mas todos os dias fazes-me as esquecer. Porque é isso que fazes, reconquistas-me todos os dias. Mas será isso justo para ti?
Postas todas estas questões todas, na minha cabeça, ainda estava deitada na cama a observar-te. Ao veres que estava acordad, chegas perto de mim, beijas a minha boca, depois a minha bochecha e então dizes ao meu ouvido "Amo-te!", dás-me um abraço e vais te embora. E assim me vais conquistando todos os dias!

segunda-feira, 13 de outubro de 2008

Mais uma vez!

Fechei a porta, como tantas vezes antes. Fugi do que sentia e do que nao sentia. Fechei a porta para nao te deixar entrar, mas a tua imagem permanece bem clara na minha mente. Fechei a porta para nao ter de lidar com os sentimentos que rodam a tua volta. Fechei a porta para nao ver o que ja nao sinto pela minha realidade do dia a dia.
Deixei te ir mais uma vez, sem explicacao, sem mais uma palavra... E tenho medo de abrir a porta e tu ja la nao estares... Ja se passou tantos anos desce que tudo comecou, e acabou e voltou a comecar para voltar a acabar, e aquilo que sinto e ainda maior, mais intenso.
As recordacoes que tenho de ti, encaro-as com olhos diferentes dos que olhava ha um ano atras, dois ou tres... Penso que olho com mais maturidade. Acredita que se fosse hoje, nao te tinha deixado fugir, nao tinha fechado a porta, tinha lutado por "nos".... se, se, se... Ja foi esse tempo, ja nao ha "se"...
E estou aqui fechada, com medo de abrir a porta. Vais la estar? mesmo que nao estejas, ha possibilidade de lutar por ti? Sera que estou preparada para abrir a porta e deixar a vida que tenho agora?.....
Mas eu quero abri-la! Porque tenho sempre de pensar nas consequencias dos meus actos? porque nao posso simplesmente abri-la e viver o que esta por detras dela, sem pensar em mais nada????