terça-feira, 12 de abril de 2011

O Fecho oficial!

Nestes, quase, dois anos em que não escrevi neste blog, tenho procurado a forma ideal de fechar este blog, mas as palavras estavam perdidas no labirinto dos meus pensamentos e emoções. Queria fechar este blog como EU, sendo completamente sincera, sem trocadilhos ou emoções atribuídas a diferentes personagens do meu ser. Mas as palavras, que toda a minha vida foram a minha ferramenta para lidar comigo e com o mundo, fugiram-me. Perdi-me por ruas e vielas da vida e demorei a encontrar-me de novo. Agora que estou nos meus pés, feliz por começar uma fase linda da minha vida, tenho todas as palavras para enfrentar e descrever estes últimos 2 anos.

Há 2 anos eu estava numa relação, de 3 anos, já morávamos juntos e estávamos noivos. Esta era uma relação que carregava grandes pedras desde o inicio, com fantasmas da minha parte e grandes falhas da outra parte. Não era uma relação carregada de paixão, era amizade, algum à vontade e para o fim o hábito e o não querer admitir a derrota. Finalmente tomei coragem e terminei a relação e embrenhei-me por caminhos nunca palmilhados, por ter tomado responsabilidades muito cedo. Esses caminhos era tortuosos, álcool e alguma drogas, não me traziam nada de bom mas faziam-me esquecer a solidão. Meti-me numa relação sem compromissos mas perigosa, mas quando 3 meses depois me consegui levantar e dizer basta àquela vida, tive coragem para acabar aquela relação doentia.

Entretanto, os fantasmas persistiam na minha cabeça, por isso decidi enfrentá-los. Um desses fantasmas, O grande fantasma, era alguém que amei muito, mas que nunca deixei que a história terminasse. Por isso decidi, acabar a página e ver no que dava. Felizmente, só me deu razão. Não valia a pena ter dado asas a este amor durante 6 anos, na minha cabeça. Realmente o amor é mesmo cego e eu aprendi da pior maneira. Mesmo após várias cabeçadas que dei durante esses 6 anos, sempre me culpabilizei a mim e arranjei desculpas para as atitudes dessa pessoa. Foi preciso ir até ao fim, magoar-me até não puder mais, para finalmente soltar-me das amarras deste amor doentio. Porque durante 6 anos, apesar da relação de 3 anos, nunca me consegui entregar totalmente, pois aparecia sempre na minha cabeça "E se...?".

Após isto desisti da Universidade, finalmente admiti que aquilo não era para mim, e voltei ao meu País. Tudo isto em 6 meses, após o término da minha relação. Sei que muitos podem ler isto e dizer que sou apressada, ou o que quer que me chamem. No entanto, tenho a minha consciência tranquila. Para mim a vida não é para ser vivida mediante os parâmetros dos outros. Foi assim que foi acontecendo e eu não sou de parar na vida. Felizmente que tive o caminho que tive, se não não estaria onde estou hoje.

Quando voltei a Portugal, conheci alguém especial. A relação nasceu rápido mas lento. Ambos estávamos magoados e não estávamos virados para uma nova relação, mas foi algo que foi crescendo com encontros inocentes, durante um mês. Parecia romance de filme, com os banhos na praia ainda no inverno, e o primeiro beijo debaixo de lua cheia com o som do mar de fundo. Já passou pouco mais de um ano que estamos juntos, vivemos juntos há um mês e estou há espera de um filho fruto do nosso amor.

Por isso achei que este é a altura certa para terminar este blog, que carrega os desabafos de uma fase em só me tinha a mim própria para ser sincera.
Adeus e até um dia!

segunda-feira, 31 de agosto de 2009

Laura izibor- Shine



Wake up one morning you realize
Your life is one big compromise
Stuck in the job you swore was only temporary

Feel like the world is passing you by
Never done all the things you would need to try
Stuck in one place, got a pain in your face from all your stressin’ out

You ask yourself there’s got to be more than what I’m living for
You ask yourself there’s got to be something else, something more, more, more

Well let the sun shine on your face
And don’t let your life go to waste
Now is the time, got to make up your mind
Let it shine on you, let it shine on you

Feel like there’s nothing nowhere to go
You try and fight but you can’t let go
Roll the pain, got so much to gain
Now is the time

You ask yourself there’s got to be something else, something more, more, more

Well let the sun shine on your face
And don’t let your life go to waste
Now is the time, got to make up your mind
Let it shine on you, let it shine on you

You ask yourself there’s got to be more than what I’m living for
You ask yourself there’s got to be something else, something more, more, more

Well let the sun shine on your face
And don’t let your life go to waste
Now is the time, got to make up your mind
Let it shine on you, let it shine on you

Well let the sun shine on your face
And don’t let your life go to waste
Now is the time, got to make up your mind
Let it shine on you, let it shine on you

Well let the sun shine on your face
And don’t let your life go to waste
Now is the time, got to make up your mind
Let it shine on you, let it shine on you

segunda-feira, 3 de agosto de 2009

Eu, que já não sou eu...

Olho-me no espelho e eu, já não sou eu, só vejo alguém estranho do outro lado, só com um olhar parecido ao meu, carregado com as mesmas alegrias, tristezas e dúvidas. Já não sei o que é certo e errado, não sei o que é realidade e ilusão, não sei mais o que é presente e passado, tudo vive junto num só espaço, na minha cabeça. Ando perdida, mas sei onde estou, ando escondida, mas todos me vêm, procuro algo que já encontrei, mas não consigo tocar.
Sento-me em frente do computador, com uma vontade enorme de escrever, mas não consigo, só me saem estes devaneios, desta alma perdida no tempo e nas emoções da vida. Quero voar, mas quero ficar também, quero conhecer novos mundos, mas não quero perder este meu pequeno mundo. Será que existe alguém que consiga perceber estes meus desejos?! Já nem sei onde está a felicidade, em que se baseia??? Podia considerar me feliz, mas no fundo, naqueles momentos em silêncio, sinto que não o sou… Que me falta então?…
Enfim, devaneios em mais um momento de silêncio desta louca perdida no tempo…

quarta-feira, 29 de abril de 2009

Feliz aniversário, meu amor!


Abri os olhos e vi o relógio da mesinha de cabeceira, com os seus números vermelhos que tanto me encadeavam, dizendo me serem 7:45 da manhã. Virei para o outro lado e lá estavas tu, abracei-me a ti e tentei dormir mais um pouco, já que hoje estava de folga e tínhamos o dia todo para nós. Mas por mais voltas que desse não estava a conseguir adormecer de novo, foi quando me lembrei que hoje é o nosso aniversário e sussurrei ao teu ouvido “Parabéns, bebé!”, ao que me respondeste “Parabéns para ti também! Agora deixa-me dormir, depois já vamos sair, ok?”, “Ok, amor.”. Por mais vontade que eu tivesse que te levantasses, sabia que ainda nem 8 da manhã eram. Deixei me estar ali estendida mais uns momentos e depois levantei-me, abri o frigorífico, não havia nada de jeito para comer. Mas também não me apetecia já sair de casa para comprar, então pus a água a ferver, para fazer um chá de frutos vermelhos. Peguei no meu chá e sentei me em frente da janela, estava um lindo dia de Primavera, liguei a aparelhagem e escolhi musicas do meu guitarrista preferido, em volume baixo, para não te acordar. Estiquei a mão para a mesa e tirei um cigarro, acendi-o e puxei a cigarreira para o meu lado. Bolas, que aquele cigarro estava a saber me bem, juntamente com aquele chá, aquela paisagem e aquele som. As músicas, e os cantores eram diferentes, mas a guitarra e o guitarrista eram o mesmo e bastava-me isso para fazer tremer a minha alma, com o seu poder.
Foi com uma nota mais forte vinda da guitarra, que fui levada a pensar em ti, em nós. Mais um aniversario de ainda poucos e de muitos que ainda virão, esperemos nós. Um aniversário deste amor que nada tem de perfeito, amor que em nada foi linear, amor tão diferente do planeado, mas é o amor perfeito no imperfeito, que nos faz feliz. Nestes poucos de anos, tivemos altos e baixos, em momentos amei-te tanto que era capaz de deixar toda a minha vida por ti, noutros odiei-te tanto que era capaz de te matar. No entanto, aqui continuamos, vivos e juntos, depois de carinhos, brigas, separações e reconciliações, paixões e ódios. É mais um aniversário de ainda tão poucos, mas já com tanta historia, com tanta densidade, com tanta cumplicidade. Ambos já erramos bastante, mas a nossa maior conquista foi saber perdoar e saber avaliar o que realmente é importante.
No meio destes pensamentos sinto uma presença atrás de mim, e então um beijo num pescoço somado a umas palavras doces: “Bom dia, amor! Estás tão sensual logo de manhã…”, “Cala-te, deixa de ser tonto. Senta aqui perto de mim, a apreciar esta paisagem.”, “Eu amo-te, sabes? Mesmo quando te odeio.”, “E eu a ti, meu tolinho!”.
Feliz aniversário, meu amor!

quarta-feira, 11 de fevereiro de 2009

Dia de frio....


Ela sentou-se na mesa perto da janela, com vista para as montanhas que rodeavam o vale, com o seu chocolate quente, para se aquecer neste dia tão frio. Tinha duas horas de descanso, tinha bastante para estudar, mas não era o que lhe apetecia. Apetecia-lhe observar as montanhas cobertas de geada, com o seu chocolate quente entre as mãos e deixar o pensamento voar.

Lembrou-se dos últimos momentos que passou com ele, e da viagem física, emocional e psicológica que já fez depois. Quando teve de ir embora sentou-se triste por não se ter podido despedir de ti, como deve de ser, ainda queria ter te dito mais umas palavras. Mais tarde, sentiu se revoltada e ainda mais triste, por se ter apercebido que da última vez que se viram tu já sabias que não se iam despedir. Foste tu que escolheste em não te despedires, mas deixaste-lhe a esperança de que isso ia acontecer. Posteriormente sentiu-se mal porque percebeu as razões porque o tinhas feito, percebeu que te tinha magoado, mas sentia-se triste na mesma por não poder ter dito o que queria dizer, por tu não falares mais com ela.

Neste momento, ela odeia-te porque te ama, porque sabe que nunca te vai esquecer. Porque apesar de estar com outra pessoa, estarás sempre presente no coração e mente dela. Porque quando vê alguém parecido, o coração bate a mil à hora e de seguida tem uma grande decepção ao ver que não és tu. Porque chora cada vez que se lembra da última vez que te viu, cada vez que se lembra desse olhos que ela tanto ama. Porque sabe que vocês nunca ficaram juntos e nunca ira concretizar os desejos que ela tinha para vocês.

Por esta altura as lágrimas desciam-lhe pela cara, ela tirou um lenço da mala e limpou-as. O chocolate quente já estava frio, como a geada que caia, como ela própria. Ela perguntava-se se o que estava a fazer da vida dela era o correcto, mas ela não sabia a resposta, porque não sabia o que é estar correcto. E então pensou na pergunta que há uma hora atrás lhe fizeram, “És feliz?”. Não tinha respondido a essa pergunta, mas ela deu-a a ela própria, “Não.”. Com esta resposta ela decidiu que tinha de ser feliz, mas ser feliz por ela própria. Ela apercebeu-se que fazia sempre, depender a sua felicidade nos outros. Ela agora iria fazer depender dela, estava decidido, se os outros não a quisessem acompanhar naquilo que a fazia feliz, então não valeria a pena estarem a seu lado.

Bebeu então o resto do chocolate quente, sentindo-se mais quente interiormente, pegou nos livros, foi à sala de computadores e procurou viagens na internet, decidida a ver o mundo, nem que seja sozinha…..

domingo, 1 de fevereiro de 2009

Sonho madrugador

Ela acordou ás 2horas e 30 minutos da madrugada, depois de o ter encontrado em seus sonhos. Deu-lhe vontade de ir atrás dele, de o procurar, para saber como ele estava. Ela sentia saudade dos tempos que passaram juntos, ela recordava como ele era bom com as palavras. Mas tem receio em procura-lo de novo, não iria aguentar mais uma recusa, o seu coração estava cansado.
Sentia-se um pouco tonta, devido à garrafa de vinho que bebeu sozinha antes de adormecer. Desceu até à rua, para apanhar ar fresco, e pensava no sonho, nele e na saudade que carrega no coração. Ela vivia do passado, meio deprimida, esperando que o relógio fizesse tic tac, aguardado pelo nada para lhe telefonar. Viveu um tempo com uma dor no coração, com medo que ele fosse embora para sempre, sem dizer adeus, sem a beijar com o amor que diz que sente, que ela sente. Mas ele foi mesmo, sem adeus, sem beijo, sem abraço. Cada vez que ela recorda isso, dói-lhe no peito e as lágrimas começam a cair. Mas limpa-as, ninguém pode saber que se sente assim.
Já se sente melhor, sobe ate meio das escadas, olha para trás, olha para a porta e pensa como seria bom sair por aquela porta, fugir de tudo, procura-lo e dizer-lhe tudo o que sente e entregar-se em seus braços. No entanto não o faz, sobe as escadas e deita-se tentando não pensar mais.

sexta-feira, 30 de janeiro de 2009

I want to tell you something

Porque por vezes a nossa força vai embora, e não somos capazes de dizer o que nos vai na alma, e ficam assim palavras por dizer... Palavras que não foram ditas, mas que foram pensadas e gravadas no corçaão, na meste para sempre. Tal como certas imagens de momentos marcantes e/ou dificeis e tal como sentimentos que se agarram e nunca vão, por mais que ja tenhamos tentado dizer "Adeus!".
E vamos deixando o tempo passar, pensando que teremos outra oportunidade de dizer o que queremos dizer. Mas porque não dizer já, dizer "Amo-te", "sinto a tua falta", "nunca consegui te esquecer" ,"não quero partir, quero ficar aqui contigo", como tantas outras coisas... e por isso aqui fica este video: Alicia Keys- Tell you something