domingo, 1 de fevereiro de 2009

Sonho madrugador

Ela acordou ás 2horas e 30 minutos da madrugada, depois de o ter encontrado em seus sonhos. Deu-lhe vontade de ir atrás dele, de o procurar, para saber como ele estava. Ela sentia saudade dos tempos que passaram juntos, ela recordava como ele era bom com as palavras. Mas tem receio em procura-lo de novo, não iria aguentar mais uma recusa, o seu coração estava cansado.
Sentia-se um pouco tonta, devido à garrafa de vinho que bebeu sozinha antes de adormecer. Desceu até à rua, para apanhar ar fresco, e pensava no sonho, nele e na saudade que carrega no coração. Ela vivia do passado, meio deprimida, esperando que o relógio fizesse tic tac, aguardado pelo nada para lhe telefonar. Viveu um tempo com uma dor no coração, com medo que ele fosse embora para sempre, sem dizer adeus, sem a beijar com o amor que diz que sente, que ela sente. Mas ele foi mesmo, sem adeus, sem beijo, sem abraço. Cada vez que ela recorda isso, dói-lhe no peito e as lágrimas começam a cair. Mas limpa-as, ninguém pode saber que se sente assim.
Já se sente melhor, sobe ate meio das escadas, olha para trás, olha para a porta e pensa como seria bom sair por aquela porta, fugir de tudo, procura-lo e dizer-lhe tudo o que sente e entregar-se em seus braços. No entanto não o faz, sobe as escadas e deita-se tentando não pensar mais.

3 comentários:

Escritora prateada disse...

Este texto está lindo apesar da trsieza que carrega. Pelos ultimos posts, deduzo que estejas a sentir tristeza, saudade, melancolia.
Dá a entender que deixaste alguem no passado que desejas que estivesse no teu presente, mas nao tens coragem para o fazer. Infelizmente isso acontece muito, acontece deixarmo o "amor da nossa vida" para trás e apesar de estarmos com outras pessoas essa outra pessoa mantém-se no nosso pensamento. Até podemos acentar com uma outra pessoa e ate existir sentimento, amor e atracção fisica, mas é um amor mais calmo, mais ponderado, não ha tanto a loucura e a espontaneidade não existe.
Mas no entanto fica a pergunta tudo isto é verdade, ou so a realidade na tua inspiração?
Enquanto à tua pergunta, irei escrever algo escrito por mim no meu blog mas na altura certa....

S_writing disse...

Não considero essencial para os leitores saberem se o texto é realidade ou ficção. Poderá até não ser a minha realidade mas será realidade na vida de alguem, ou pode não ser realidade agora mas já ter sido no passado.
Em relação ao texto, sim tens razão nalgumas coisas que dizes. O texto refere-se mesmo a uma pessoa deixada para trás, uma pessoa que puderia ter sido o amor da vida "dela". E concordo com o comentario que fizeste ao texto. Quando deixamos o amor da nossa vida para trás, muitas vezes ainda com a duvida se puderia ter resultado, mesmo que estejamos com outra pessoa, esse amor continuara sempre vivo na memoria. Isso acontecera mesmo que gostemos da outra pessoa.

Bom, e ficarei à espera de um texto escrito por ti no teu blog.

Joey disse...

Identifico-me bastante com o teu tipo de escrita. Acho-o muito semelhante ao meu. e realmente acho que tens toda a razao, não vale a pena saber se é ficção ou realidade... não vale a pena pensar nisso, porque se não for a tua realidade de alguem ha-de ser. Por isso, vale apenas pensar nas boas sensações que estas "realidades" nos fazem sentir.

adorei